Participação nos lucros e resultados, como funciona?

Em Bônus e participação nos lucros por André M. Coelho

A participação nos lucros é um programa de remuneração incentivada que concede aos funcionários uma porcentagem dos lucros da empresa. O valor concedido é baseado nos ganhos da empresa durante um determinado período de tempo, geralmente uma vez por ano. Ao contrário dos bônus dos empregados, a participação nos lucros só é aplicada quando a empresa obtém lucro. No Brasil, em alguns casos, essa participação é prevista em Convenção Coletiva da categoria.

Há benefícios e desvantagens em utilizar um programa de participação nos lucros, mas quando os profissionais de recursos humanos treinados são capazes de planejá-lo e executá-lo efetivamente, a participação nos lucros pode ser uma maneira ideal de melhorar o moral dos funcionários e aumentar os resultados.

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O que é participação nos lucros e resultados?

O compartilhamento de lucros pode funcionar de várias maneiras. A empresa contribui com parte de seus lucros antes de impostos para um pool que é distribuído entre os funcionários elegíveis. As quantias distribuídas podem depender do salário, e a participação nos lucros também pode ser usada como um complemento aos planos de benefícios existentes. A participação nos lucros geralmente ocorre depois que a empresa determina a rentabilidade final do ano.

Como funciona a participação nos lucros?

Depois que um pool é criado, a liderança da empresa ou a equipe de recursos humanos criarão uma fórmula para distribuição. De acordo com o Departamento do Trabalho, os seguintes passos são necessários para estabelecer um plano de participação nos lucros:

É importante manter registros detalhados de como o plano é distribuído entre os funcionários. As empresas podem atualizar seus planos conforme necessário, mas isso deve ser feito com supervisão adequada.

Os lucros podem ser compartilhados na forma de ações e títulos ou em dinheiro. A participação nos lucros, quando distribuída como uma porcentagem do pagamento anual – uma prática comum – resulta em menos dinheiro compartilhado com os empregados em empregos com salários mais baixos e com valores mais altos compartilhados com funcionários altamente remunerados.

Em um plano de participação nos lucros e resultados, as contribuições são pagas diretamente aos empregados na forma de dinheiro, transferências financeiras ou ações. O tipo especí

Participação nos lucros

A participação nos lucros é uma forma de incentivo para os funcionários, garantindo também uma renda extra. (Foto: eventmanagerblog.com)

Benefícios do compartilhamento de lucros

Para os empregadores, os principais benefícios da participação nos lucros decorrem da motivação dos funcionários. Pode ajudar as organizações a proteger e reter funcionários talentosos e pode ser um fator motivador que pode aumentar a produtividade e a lealdade. E como um lucro deve existir antes de ser distribuído entre os funcionários, a participação nos lucros pode ser menos arriscada do que os bônus diretos. A participação nos lucros também pode aumentar a propriedade que os funcionários sentem em relação aos seus empregos, porque compartilham os lucros que criam para a empresa. Os custos sobem e descem com a receita também, o que é outro benefício.

Desvantagens do compartilhamento de lucros

Há potenciais desvantagens para a participação nos lucros. Por exemplo, a participação nos lucros poderia incentivar o mau comportamento, com os funcionários priorizando a rentabilidade em detrimento da qualidade. Além disso, geralmente não há diferenciação baseada no mérito ou no desempenho, de modo que os funcionários que contribuem menos receberão uma participação nos lucros, independentemente de sua contribuição relativa para o sucesso da empresa.

As várias vantagens e desvantagens envolvidas na participação nos lucros são as razões pelas quais as empresas e as equipes de RH devem conduzir uma análise de custo-benefício antes de escolher implementar um plano.

Pagamento de bônus no Brasil

É comum recompensar os funcionários por meio de bônus contratuais ou discricionários? Existem restrições ou diretrizes sobre quais bônus podem ser concedidos, seja em geral ou em setores específicos?

Recompensar os funcionários através do pagamento de bônus é muito comum em todos os setores. Os empregadores podem conceder qualquer tipo de bônus, contratual ou discricionário, desde que forneçam oportunidades iguais aos funcionários no mesmo nível.

Os bônus, que são acordados entre empregador e empregado, ou pagos regularmente em consideração pelos serviços prestados, são considerados como parte da remuneração dos empregados para fins de cálculo de direitos trabalhistas, imposto de renda, contribuições previdenciárias e demissão do governo brasileiro. Contribuição da Lei do Fundo de Indenização – FGTS.

Os bônus estão dentro do escopo da vontade das partes, mas uma vez que um bônus é estipulado ou pago regularmente, pode ser considerado parte do contrato de trabalho e suas condições não devem ser alteradas em detrimento do funcionário, a menos que o contrato já estabeleça a possibilidade de fazer alterações periódicas às suas condições.

Para garantir que o bônus recebido pelo empregado não seja considerado parte de sua remuneração, para fins trabalhistas e previdenciários, os seguintes parâmetros devem ser atendidos:

O pagamento do prêmio deve ser feito a critério do empregador.

O pagamento do prêmio não pode ser pago regularmente.

O pagamento do prêmio deve estar vinculado ao desempenho do funcionário “acima do esperado” no exercício de suas atividades.

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Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André é pós-graduado em pedagogia empresarial, especializando na padronização de processos. Possui mais de 300 horas em cursos relacionados à administração de empresas, empreendedorismo, finanças, e legislação. Atuando também como consultor e educador empresarial, André escreve sobre Recursos Humanos desde 2012.

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